O uso de inteligência artificial está se tornando cada vez mais comum em produções para cinema e streaming – e nem mesmo um projeto de 320 milhões de dólares escapou dessa tendência.
Em entrevista ao The Times, os diretores Joe e Anthony Russo revelaram que utilizaram IA para modular as vozes dos personagens em The Electric State, o novo filme de ficção científica da Netflix.
“Algo que qualquer criança de dez anos poderia fazer depois de assistir a um vídeo no TikTok”, afirmou Joe Russo.
Ele acrescentou que a IA já é amplamente utilizada em Hollywood, mas muitos evitam admitir.
“Há muita acusação e exagero porque as pessoas têm medo. Elas não entendem. Mas, no fim das contas, veremos a IA sendo usada de forma cada vez mais significativa. No entanto, ela ainda está em seu estado generativo, onde apresenta, como chamamos, ‘alucinações’. Você não pode realizar trabalhos críticos com algo que alucina. Essa é uma das razões pelas quais os carros autônomos ainda não dominaram o mercado ou por que cirurgias conduzidas por IA não estão acontecendo em todo o mundo. Mas, nesse estágio, a IA é mais adequada para a criatividade.”
É um fato que inteligência artificial está transformando a indústria do cinema, facilitando a criação de roteiros, aprimorando efeitos visuais e até modulando vozes. Mas com essa ideia em mente, nos resta questionar: até onde o uso dessa tecnologia influencia o mercado cinematográfico e é avaliado nas premiações, como o Oscar, ao redor do mundo?
O longa estrelado por Millie Bobby Brown e Chris Pratt já está disponível na Netflix.